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#Repost @drbrunohalpern・・・Existe uma visão falsa do tratamento da #obesidade q considera o uso de medicações como um “substituto” à dieta, quando na verdade, ele deve sempre ser usado em conjunto! Inclusive, há estudos antigos q fizeram essa comparação: um de 2005 comparou sibutramina isolada versus modificação de estilo de vida isolada versus a combinação de ambos. A perda de peso média foi 5kgs com sibutra, 7kgs com a dieta e 12kgs com ambas. Assim, não dúvidas que o tratamento da obesidade passa, inicialmente, por um plano alimentar com déficit calórico e recomendações de atividade física. Essa é uma condição necessária. Porém, nem sempre suficiente, uma vez que há fatores biológicos, ambientais e comportamentais que dificultam uma perda de peso substancial para a maioria das pessoas. Assim, o objetivo de um tratamento medicamentoso é potencializar esse efeito: gerar uma perda de peso maior, aumentar o número de pessoas que atingem um limiar de perda de peso e, sim, ajudar a manter o peso perdido. Outros estudos sugerem que adicionar medicações (claro q depende de qual, e cada pessoa pode se adaptar melhor a uma ou outra) aumenta em 3 vezes a chance de um indivíduo atingir uma perda de peso acima de 10%. Ou seja, há respondedores a mudança de estilo de vida isolada, que podem atingir excelentes resultados sem medicações. Mas há três vezes mais pessoas que atingem resposta clínica adequada quando medicações são adicionadas, de forma responsável. Ao mesmo tempo, considerando que comer é multifatorial, e as medicações podem reduzir apetite, mas não impedem de comer, usá-las em substituição à dieta é uma estratégia fadada ao fracasso que não deve ser incentivada. Essa é uma discussão longa, mas quero trazer aqui que não faz sentido querer usar medicação como uma forma de substituir à dieta da mesma forma que não faz sentido ser “contra” medicações quando estudos clínicos demonstram seu impacto clínico positivo quando bem prescritas. Tratar a obesidade é muito difícil, e por isso, devemos somar estratégias e não pensar de forma simplista, como se uma única estratégia servisse a todos! Ref: Wadden. NEJM 2005.

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